Espero que você esteja gostando do nosso site. Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Renata Visani Gaspula - Psicólogo CRP 06/72421
Todo mundo sabe que é preciso mudar. Ou mudamos porque queremos, ou algo acontece em nossas vidas que nos obriga a mudar.
Mesmo ao nos planejarmos com cuidado para fazer uma mudança em nossas vidas, seja grande ou pequena, o desgosto por ter que fazer isso e a dificuldade de colocar a mudança em prática ainda podem imperar.
Pessoas resistentes a mudanças geralmente encontram mais dificuldade para se acostumar com a nova realidade do que aquelas que conseguem administrar bem o fato de que mudar não é apenas necessário, como também faz parte da vida.
Entretanto, se a mudança é inescapável, por que muita gente não gosta dela?
E por que mudar dói tanto?
Segundo psicólogos, o ato de mudar caracteriza uma ruptura no que é familiar. E isso pode provocar uma série de reações desgostosas.
Por que não gostamos de mudanças?
Há quem goste da mudança. A novidade, a quebra da rotina e a necessidade de aprender algo completamente novo são combustíveis para a alma. Essas pessoas ativamente se colocam nessa posição, pois gostam das emoções proporcionadas por ela.
Já quem não gosta de mudança, faz o contrário. Foge de tudo o que é novo, mesmo que seja algo pequeno, como, por exemplo, se hospedar em um hotel ou na casa de um amigo durante uma viagem de fim de semana.
A aversão às mudanças pode ser explicada pelos seguintes fatores:
Instabilidade
Qualquer mudança provoca uma instabilidade. Iniciar um trabalho em uma nova empresa, embarcar em um novo relacionamento, ou até alterar a dieta do dia a dia são experiências novas. Em outras palavras, são experiências nunca vividas antes.
Você só saberá como é passar por elas quando vivê-las. A inexperiência e a mudança do modo de vida desencadeiam uma sensação de instabilidade que muitas vezes é responsável pelo aumento da ansiedade.
Medo
Mudanças também causam medo. A falta de conhecimento acerca de como as situações se desenrolarão deixa as pessoas temorosas e nervosas, além de confusas.
O que elas podem fazer para recuperar a sensação de controle sobre a situação? É possível? As perguntas sem respostas aumentam o medo do desconhecido.
Pessoas ansiosas, depressivas ou tímidas normalmente sentem mais medo de mudanças, principalmente as inesperadas, do que as demais.
O problema é que as estratégias de mudança comportamental que tem como base o medo, a vergonha, a culpa e outras emoções negativas são as menos eficazes. Em vez de você se concentrar nos aspectos positivos da mudança, gasta tempo e energia focando somente no negativo.
Apego
O apego demasiado à rotina é outra razão para algumas pessoas desgostarem de fazer mudanças.
Quem tem uma personalidade inflexível ou mania de controlar até os mínimos detalhes da sua vida costuma ter dificuldade para se desapegar do que faz no presente.
Assim, leva mais tempo para se acostumar a uma nova rotina, um novo hábito, um novo ambiente ou a convivência com novas pessoas.
O apego também pode ter ligação com os relacionamentos. Muitas vezes as pessoas têm consciência de que as suas relações afetivas não vão bem, mas, pelo apego ao cônjuge ou a vida de casal, não conseguem terminar.
Querer fazer tudo de uma vez
Todas as mudanças são um processo. Embora a nossa mente tenha o desejo de abocanhar tudo e já chegar a um cenário de estabilidade, elas acontecem de pouco a pouco.
É provável que leve dias, semanas ou até meses para você se sentir bem com uma mudança, dependendo do seu nível de grandeza.
Ao pensar em todas as coisas que devem fazer, as pessoas ficam assustadas, acreditando que será necessário fazer um esforço acima do normal para chegar à estabilidade.
Sendo assim, os seus comportamentos são motivados por emoções negativas, como medo, ansiedade e pressão. Essa mentalidade de “é preciso fazer tudo de uma vez” faz com que elas detestem mudanças.
Pensamento catastrófico
O pensamento catastrófico, neste contexto, consiste na mentalidade de “é tudo ou nada”. Em vez de traçar um plano, a pessoa que desgosta de mudança cria situações hipotéticas desastrosas na sua mente.
Por exemplo, ela pode pensar “se eu fracassar, significa que não sou bom o suficiente” ou “se não der certo, devo abandonar esse projeto para sempre”.
Diversos fatores podem influenciar o nosso planejamento e fazer com que as coisas deem errado – desentendimentos, engarrafamento, clima pouco propício, acidentes, eventos inesperados, entre outros.
Não se trata somente de nossas atitudes ou comprometimento.
Ansiedade
Pessoas ansiosas raramente gostam de fazer as coisas de modo diferente. De fato, uma das táticas de controle de ansiedade é justamente estabelecer uma rotina para reduzir o encontro com imprevistos.
Por exemplo, perder objetos logo pela manhã, como carteira ou celular, e chegar atrasado no trabalho em decorrência disso.
Por isso, quando se deparam com a imprevisibilidade ocasionada pela mudança, pessoas ansiosas têm dificuldade para conter emoções negativas e tomar boas decisões.
Da mesma forma, passam muito tempo pensando no que pode dar errado em vez do que pode dar certo.
Como fazer mudanças sem sofrer?
Passar a vida lutando contra a necessidade de fazer mudanças, mesmo que temporárias ou pequenas, é prejudicial para a sua saúde mental.
Quando não podemos controlar alguma coisa em nossas vidas, o ideal é aceitar as circunstâncias e se preparar da melhor maneira possível. Dessa forma, evitamos o sofrimento.
Se você tem dificuldade de fazer mudanças ou a ideia de mudar te assusta, confira, abaixo dicas para desenvolver um relacionamento melhor com a mudança.
Pratique a aceitação
Primeiramente, para fazer qualquer mudança em sua vida, é preciso aceitar que ela é necessária.
Ela pode ser necessária porque você quer mudar algum aspecto da sua vida, ou ser necessária porque não há mais como fugir dela, como, por exemplo, uma recomendação urgente do médico para mudar a alimentação.
Para conseguirmos fazer qualquer coisa em nossas vidas, precisamos, primeiro, aceitar. Simplesmente aceitar a situação e os resultados que vierem com ela.
Caso eles não sejam os desejados, você pode experimentar outros caminhos para obter os resultados desejados. Antes de fazer isso, no entanto, você ainda precisa aceitar que a primeira tentativa não deu certo.
Faça um plano
Faça um plano para que você consiga dar um passo de cada vez. A vontade de “acabar logo com isso” pode te encorajar a tomar decisões e atitudes precipitadas, as quais, muito provavelmente, vão complicar ainda mais a situação.
Mudar não é um processo único e contínuo, mas, sim, uma conexão de pequenos processos de durações variadas.
Uma mudança significativa e duradoura não acontece se você não conectar todos os processos.
Então, respire fundo, sente-se e trace um plano para alcançar o seu objetivo.
Pode parecer mais fácil se enganar e dizer para si mesmo que planejar não é necessário, afinal, se trata de uma coisa simples ou manejável.
Entretanto, quando colocamos as coisas no papel, elas deixam de pairar na nossa mente apenas como ideias para se tornarem algo concreto.
Por exemplo, se você precisa mudar de cidade, de residência, de estilo de vida ou de dieta, detalhe o que você precisa fazer em uma folha de papel.
Coloque um prazo específico para te motivar a entrar em ação, mas não se apegue demasiadamente a ele. Lembre-se que imprevistos podem ocorrer e te forçar a recalcular os seus planos.
Abrace o fracasso
A primeira tentativa nunca é a tentativa perfeita. Na verdade, nunca haverá uma tentativa perfeita, pois perfeição não hesite.
O medo de fracassar pode te deixar estagnado numa posição desconfortável por muito tempo, mas a verdade é que o fracasso, principalmente nas primeiras tentativas, é esperado. Sendo assim, não se cobre tanto!
Faça a terapia
A terapia pode te ajudar a passar por qualquer processo de mudança. Com a orientação do psicólogo, você pode achar mais fácil pular de uma etapa para outra, assim como manter a disciplina necessária para alcançar o seu objetivo.
Além de ser uma fonte de apoio emocional, o psicólogo te ajuda a entender quais são os seus comportamentos disfuncionais.
Dessa forma, você passa a compreender o porquê de certas coisas, como começar a fazer exercícios físicos ou estabelecer uma rotina do sono, serem tão difíceis para você. Uma vez que um problema é identificado, é possível se aprofundar nas suas causas para encontrar soluções certeiras para ele.
Se você tem aversão à mudança e esse sentimento te impede de mudar o que é desagradável na sua vida ou consolidar o novo, considere procurar a ajuda de um profissional.
Psicólogos para Carreira
Conheça os psicólogos que atendem casos de Carreira no formato de terapia online por videochamanda e também consultas presenciais em São Paulo:
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Lilian Freitas
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Lilian é formada há mais de 20 anos, pela FMU, onde também se especializou em psicopedagogia.
Valor R$ 200
Posso ajudar comRelacionamentosTranstorno de Ansiedade Generalizada (TAG)MedosDesenvolvimento PessoalEstressepróximo horário:
30/dez. às 08:00hs -
Roberto S. Huschak
Consultas presenciais
Consultas por vídeoRoberto Samuele Huschak é formado em Psicologia Clínica pela faculdade Paulistana de Ciências e Letras, além de formação em Psicologia Hospitalar, Institucional e Empresarial pela mesma entidade.
Valor R$ 220
Posso ajudar comTranstorno de Estresse Pós Traumático (TEPT)Estresse pós-traumáticoRelacionamentosConflitos FamiliaresDesenvolvimento Pessoalpróximo horário:
23/dez. às 12:00hs
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Autor: psicologa Renata Visani Gaspula - CRP 06/72421Formação: A psicóloga Renata Visani é formada em Psicologia há mais de 15 anos. Atualmente, cursa mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atende também através da Psicanálise.
3 respostas em “Por que não gostamos de mudanças?”
Excelente Dra
Não gosto de sair da rotina/ preciso mudar de cidade /acho complicado mas necessito/ texto excelente / mas preciso obrigado pelas orientações abraço thaiana
Olá. Obrigada pelo seu comentário. Ficamos contentes que tenha gostado do conteúdo.