Espero que você esteja gostando do nosso site. Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Andreia Crocco Santos - Psicólogo CRP 06/146707
É normal que, em várias situações, nós coloquemos os nossos resultados em comparação com os de pessoas ao nosso redor, trazendo uma perspectiva negativa ou positiva sobre nosso próprio desenvolvimento.
Mas, já parou para pensar o motivo disso acontecer?
Além disso, quando ocorre em excesso, isso pode trazer consequências negativas para nosso dia a dia.
Então, embora a comparação possa ser uma ferramenta útil para o crescimento, é essencial equilibrar seu impacto e usá-la de maneira construtiva, evitando que ela prejudique a saúde mental e o bem-estar.
O que está por trás da comparação com o outro?
A comparação com os outros é uma prática que está bastante enraizada no comportamento humano, e existem várias razões para isso.
Um dos principais motivos é o desejo de autoconhecimento.
Desde a infância, observamos e aprendemos com as pessoas ao nosso redor, usando esses indivíduos como referência para avaliar nosso próprio desenvolvimento.
Fazer uma comparação com os outros nos dá uma forma de medir nossos avanços, talentos e até nossas falhas. Ao nos colocarmos lado a lado com os outros, tentamos descobrir onde nos encaixamos em termos de habilidades, sucesso e até valor pessoal.
Outro fator importante é a influência da sociedade.
Vivemos em um mundo interconectado, onde as normas sociais são estabelecidas com base no comportamento coletivo.
A comparação com os outros ajuda a seguir ou desafiar essas normas.
Isso ocorre tanto em termos de aparência, estilo de vida, carreira, quanto nas escolhas pessoais.
As redes sociais, por exemplo, amplificam esse fenômeno, já que nos expõem constantemente à vida dos outros e, muitas vezes, criando uma ilusão de perfeição.
No entanto, a comparação também tem um lado negativo.
Quando nos concentramos apenas em aspectos que nos fazem sentir inferiores, ela pode, por exemplo, alimentar inseguranças e criar uma mentalidade de competição destrutiva.
Comparar nossas fraquezas com os pontos fortes de outros pode nos levar a perder a confiança ou subestimar nossos próprios sucessos.
Assim sendo, a chave é aprender a usar a comparação de forma construtiva – como uma ferramenta para autoaperfeiçoamento e inspiração, em vez de um fator que mina nossa autoestima.
Consequências da comparação com o outro
A comparação com os outros pode ter tanto efeitos positivos quanto negativos, dependendo de como ela é abordada.
Aqui estão algumas das principais consequências:
Baixa autoestima pode ocasionar comparação com o outro
Quando nos comparamos de forma negativa com pessoas que consideramos mais bem-sucedidas, talentosas ou felizes, podemos, por exemplo, começar a sentir que não somos bons o suficiente.
Portanto, isso pode afetar nossa autoestima e criar um sentimento constante de inadequação, e fomentar a síndrome do impostor.
Insegurança e ansiedade
A comparação constante pode gerar insegurança em diferentes aspectos da vida, como aparência física, carreira ou relacionamentos.
Assim sendo, esse tipo de pensamento competitivo pode aumentar, por exemplo, os níveis de ansiedade, especialmente quando buscamos sempre estar à altura das expectativas que vemos nos outros.
Falta de satisfação pessoal pode gerar comparação com o outro
Estar frequentemente se comparando aos outros pode fazer, por exemplo, com que a pessoa tenha dificuldade em apreciar suas próprias conquistas.
Isso acontece porque, ao focar no que o outro tem ou faz, perdemos de vista nossos próprios méritos, o que leva a uma sensação constante de insatisfação.
Motivação para melhorar
Por outro lado, a comparação também pode ser uma fonte de motivação. Ver o sucesso de alguém pode nos inspirar a buscar novas metas, nos esforçar mais ou tentar caminhos diferentes para alcançar nossos próprios objetivos.
A comparação com o outro e a competitividade excessiva
Se levada ao extremo, a comparação pode criar um ambiente de competitividade prejudicial, onde o foco se torna derrotar os outros em vez de crescer individualmente.
Isso pode prejudicar relacionamentos e criar rivalidades desnecessárias.
Desconexão social
A comparação pode gerar um sentimento de isolamento, já que a pessoa pode se sentir desconectada de seus pares ao acreditar que não está “à altura”.
Isso pode impactar negativamente as relações interpessoais, diminuindo o senso de pertencimento, e deixando a pessoa mais introvertida.
Distúrbios psicológicos
Em casos mais graves, a comparação excessiva pode contribuir para o desenvolvimento de distúrbios como depressão, transtornos alimentares ou burnout, especialmente quando associada à pressão social ou profissional.
Como evitar a comparação
Evitar a comparação constante com os outros é um processo que requer consciência e esforço.
Aqui estão algumas estratégias para reduzir esse hábito e promover uma visão mais saudável de si mesmo:
Praticar a autocompaixão
Ao invés de se criticar por não ser “suficiente”, pratique a autocompaixão. Reconheça que todos têm pontos fortes e fracos, e que cometer erros faz parte do crescimento.
Seja gentil consigo mesmo e celebre suas pequenas vitórias.
Definir metas pessoais
Concentre-se nas suas próprias metas e não nas dos outros.
Ao definir objetivos que se alinham com seus valores e desejos, você se desvia da tendência de comparar o seu progresso com o de outras pessoas.
Foque em melhorar a si mesmo, sem competir com o mundo externo.
Limitar o uso de redes sociais
As redes sociais frequentemente mostram uma versão idealizada da vida das pessoas, o que alimenta a comparação.
Reduzir o tempo que você passa nas redes sociais, ou seguir contas que promovem mensagens positivas e autênticas, pode ajudar a diminuir essa pressão.
Praticar a gratidão
Ao focar no que você já tem e valoriza, a comparação perde força.
Praticar a gratidão regularmente, seja escrevendo em um diário ou refletindo sobre suas bênçãos, ajuda a criar uma mentalidade de satisfação com a própria vida, e evita a frustração.
Reconhecer os próprios talentos
Muitas vezes, a comparação surge de uma falta de reconhecimento dos próprios talentos e habilidades.
Dedique tempo para identificar e valorizar suas qualidades únicas. Isso fortalece a confiança e diminui a necessidade de medir seu sucesso pelos outros.
Desenvolver uma mentalidade de abundância
Em vez de pensar que o sucesso dos outros diminui suas chances de sucesso, adote uma mentalidade de abundância.
Há espaço para que todos possam prosperar, e o sucesso de alguém não significa seu fracasso. Essa perspectiva reduz a sensação de competição.
Cultivar relações saudáveis
Estar cercado de pessoas que apoiam e incentivam seu crescimento, em vez de gerar competição, ajuda a construir uma autoestima mais forte.
Relações saudáveis promovem a aceitação e reforçam seu valor, independentemente das comparações externas.
Colocar o foco no progresso, e não na perfeição
Ao focar no seu próprio progresso em vez de tentar atingir uma perfeição irrealista, você se libera da necessidade de se comparar.
Valorize cada passo que você dá em direção aos seus objetivos e entenda que cada jornada é única.
Lembre-se que se a comparação é algo que te afeta profundamente, o ideal é procurar um psicólogo para aprender a lidar com isso!
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Autor: psicologa Andreia Crocco Santos - CRP 06/146707Formação: Pós-graduada em Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Pós-graduanda em Saúde Mental, Psicopatologia e atenção psicossocial. Atendimento Psicoterápico Clínico de casal e individual de adolescentes, adultos e idosos sob orientação psicanalítica e psicoterapia psicodinâmica