Espero que você esteja gostando do nosso site. Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Renata Visani Gaspula - Psicólogo CRP 06/72421
A internet é cada vez mais presente no dia a dia dos seres humanos, de modo que é quase impossível evitar que jovens sejam expostos a conteúdos digitais.
Porém, é preciso levar em conta que há muitas pessoal mal intencionadas e que podem influenciar negativamente na vida do seu filho.
Apesar da segurança nas redes para crianças e adolescentes serem pauta desde a sua popularização no início dos anos 2000, é preciso se atentar para o que vem acontecendo recentemente. Então, continue lendo para descobrir!
Quais os perigos da internet para adolescentes?
A adolescência é um período de transição na vida do indivíduo, e é nessa fase que ele começa a formar sua personalidade, entender seus gostos pessoais e tentar ser independente.
Isso pode se expressar de maneiras inofensivas, como usando determinado estilo de roupa ou cabelo, mas também pode resultar em comportamentos problemáticos e rebeldia.
A sensação de poder pensar por si próprio faz com que, muitas vezes, eles se envolvam em situações perigosas e sejam influenciadas por pessoas mais velhas e que de certa forma “validam” seus pensamentos.
Com a internet, a exposição a esse tipo de pessoa se torna ainda pior, o que poderia levar o jovem a ingressar em universos bastante conturbados.
Veja só quais os tipos de perigos que a internet oferece para o adolescente:
Conteúdo inapropriado sexual e/ou violento na internet
A exposição a conteúdos inadequados na internet é uma preocupação para os pais, pois pode ter impactos negativos no desenvolvimento emocional e psicológico dos adolescentes.
A exposição a imagens sexuais explícitas, por exemplo, pode influenciar as atitudes dos adolescentes em relação ao sexo, moldando suas percepções sobre relacionamentos, consentimento e normas sexuais.
Inclusive, esse contato pode estar associado a um maior risco de comportamentos sexuais arriscados, incluindo atividade sexual precoce, sem proteção e imitação de práticas sexuais que não são seguras.
O mesmo problema ocorre para o consumo de conteúdos que envolvem a violência gráfica. Isso porque a exposição repetida a cenas violentas pode resultar na desensibilização do adolescente à violência, reduzindo sua empatia com as vítimas.
Essas imagens podem normalizar e incentivar o desenvolvimento de comportamento agressivo e prejudicial.
Compartilhamento de informações pessoais na internet
O compartilhamento de informações pessoais na internet pode representar riscos significativos para adolescentes. Ao utilizar redes sociais, é bem provável que eles forneçam dados que, para eles, são inofensivos, mas que podem trazer perigos para si próprios e suas famílias.
Afinal, isso pode comprometer a privacidade do adolescente, expondo detalhes como nome completo, endereço, número de telefone e escola. Inclusive, golpistas podem prestar atenção em rotinas familiares para cometer crimes, como é o caso de sequestros.
Cyberbullying
O cyberbullying representa uma séria ameaça ao bem-estar emocional e psicológico dos adolescentes. Este tipo de assédio ocorre online, através de plataformas digitais, e pode ter várias formas, como mensagens ofensivas, difamação, compartilhamento não consensual de informações, entre outras.
É preciso compreender que o adolescente pode estar nos dois lados: vítima e agressor. Se não suspeita de que seu filho esteja sofrendo algum tipo de preconceito, é importante sempre garantir que ele não seja um abusador.
Fóruns de propagação de ódio
Na internet, existem fóruns que se dedicam a cooptar jovens, em especial meninos, com discursos que envolvem violência, racismo, misoginia, LGBTfobia, entre outros crimes contra minorias.
Esses espaços permitem que os participantes falem o que quiserem, propagando uma sensação de “liberdade de expressão” que é atraente para adolescentes.
Porém, a maioria deles incentiva que os garotos realizem desafios na vida real — o que pode acabar prejudicando várias pessoas. Por exemplo, o ataque de 2019 à escola em Suzano (São Paulo), foi combinado, apoiado e divulgado por meio de um fórum extremista. Para muitos dos que acessam, aqueles que cometem algo assim é visto como um herói.
Predadores online
Os predadores online representam uma ameaça séria para a segurança dos adolescentes na internet. Esses indivíduos mal-intencionados buscam se aproximar e explorar jovens vulneráveis para diversos fins prejudiciais.
Eles frequentemente usam táticas de engano para construir relacionamentos falsos com adolescentes. Eles podem fingir ser amigos, colegas de classe ou até mesmo colegas de idade para ganhar confiança.
Depois, alguns predadores podem coletar informações comprometedoras ou imagens íntimas dos adolescentes e usá-las para extorsão ou chantagem.
O contato online pode evoluir para encontros físicos, envolvendo tentativas persuadir os adolescentes, muitas vezes enganando-os sobre suas intenções reais. Isso poderia levar a situações de abuso sexual e, em casos ainda mais extremos, envolver sequestro ou tráfico humano.
Como identificar se há algo errado no ambiente online do adolescente?
É importante que os pais estejam atentos aos sinais que podem indicar que algo está acontecendo com o adolescente na internet. Aqui estão alguns sinais de alerta:
- Mudanças de comportamento: mudanças repentinas de comportamento, como ser mais reservado, agressivo ou emocionalmente instável;
- Isolamento social: solidão e afastamento dos amigos e familiares, especialmente se isso coincidir com o aumento do tempo gasto online;
- Declínio no desempenho escolar: Problemas acadêmicos que não podem ser atribuídos a fatores externos podem indicar que o adolescente está enfrentando dificuldades online, como bullying ou distrações excessivas;
- Mudanças nos padrões de sono: o uso excessivo da internet, especialmente à noite, pode afetar o sono do adolescente;
- Agressividade ou irritabilidade: aumento nocomportamento explosivo;
- Preocupação excessiva com aparência online: focar demais em sua imagem online, número de seguidores ou curtidas, passar muito tempo em redes sociais, fazer o que os outros fazem e exibir sinais de síndrome de FOMO;
- Mudanças drásticas nas amizades online: começar a interagir com novas pessoas online e afastamento de amigos antigos sem motivo aparente;
- Uso secreto de dispositivos: se o adolescente se torna excessivamente protetor em relação aos seus dispositivos eletrônicos, usa senhas desconhecidas ou mantém dispositivos fora do alcance dos pais, isso pode levantar suspeitas;
- Notificações ou mensagens suspeitas: ameaças ou notificações de conteúdo perturbador.
Como proteger meu filho dos perigos da internet?
O ideal seria proteger crianças do uso excessivo de telas desde a infância para evitar que elas criem dependência do ambiente digital. Porém, ao chegar na adolescência, essas são as medidas que você pode tomar:
Privacidade nas redes sociais
Ajude seu filho a entender a importância da configuração de privacidade nas redes sociais. Incentive-os a compartilhar apenas informações com amigos e familiares conhecidos.
Converse abertamente
Mantenha uma comunicação aberta com seu filho. Estabeleça um ambiente onde eles se sintam confortáveis compartilhando suas experiências online e fazendo perguntas.
Esteja conectado
Faça parte do mundo online do seu filho. Entenda quais plataformas eles usam, quem são seus amigos online e o que estão compartilhando.
Ensine ética online
Incentive o comportamento ético e responsável online. Isso inclui respeitar os outros, evitar a disseminação de boatos e compreender as consequências de suas ações online.
Fake news e desinformação
Ensine seu filho a avaliar criticamente as informações online. Explique a diferença entre fontes confiáveis e não confiáveis, e incentive o pensamento crítico.
Demonstre confiança
Faça com que o seu filho se sinta à vontade para compartilhar com você coisas novas e o que viu pelas redes sociais. E, ao identificar alguma coisa de errada, evite apenas proibir, mas sim conversar e ensinar que aquilo pode ser prejudicial.
Promova o respeito
Seja o exemplo e não reproduza discursos de ódio contra minorias ou comportamentos agressivos para que ele entenda que isso é errado e esse tipo de discurso não deve ser incentivado na internet.
Ao observar comportamentos abusivos, dependentes ou tóxicos relacionados à internet, também vale a pena conversar com um psicólogo para compreender o que acontece com o adolescente.
Acesse a rede Psicólogos São Paulo e encontre o profissional mais adequado!
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Autor: psicologa Renata Visani Gaspula - CRP 06/72421Formação: A psicóloga Renata Visani é formada em Psicologia há mais de 15 anos. Atualmente, cursa mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde na Universidade do Algarve em Portugal e é pós-graduada em Neuropsicologia, PNL (Programação Neurolinguistica) e atende também através da Psicanálise.